segunda-feira, 26 de julho de 2010

DO DESPREZO A DIGNIDADE

A aproximadamente 50 a 60 anos atrás, as pessoas financeiramente mais carentes eram sepultadas sem nenhum tipo de regalia. De acordo com registros, principalmente na região Nordeste, o cortejo fúnebre como também o sepultamento acontecia com o corpo do falecido envolvido em uma rede, visto que era a única alternativa que existia. Temos, ainda nos dias de hoje, relatos de que, em algumas poucas cidades, alguns moradores, preservando estes costumes antigos, quando enfermo, pedem para que, ao chegarem há óbito, seus corpos sejam sepultados em redes.

Com o passar dos anos, surge o sepultamento com a utilização de caixões de madeira. Porem no seu surgimento, só havia duas cores (preto ou roxo). A aparência destes caixões causava sentimentos de medo e desconforto para as pessoas que passavam por uma casa mortuária e os via expostos para venda ou freqüentavam um velório no interior de uma casa. Por vezes, o número de pessoas velando o corpo era mínimo. Mesmo com uma aparência não tão atrativa, estes caixões eram exclusividades de cidades mais desenvolvidas, já que nas cidades de pequeno porte não tinha fabricação de caixões já prontos, era necessário esperar que alguém da cidade ou próximo da cidade fabricasse. O que afirmo tem base, também, em relatos do meu avô, o Sr. Bertino Lino da Costa, que na década de 1950 era fabricante de caixões na cidade onde morava, Riacho de Santo Antonio, situada na Região do Cariri Paraibano. Ele faleceu no ano de 2004, com 103 anos de idade.

Com o desenvolvimento da tecnologia, passa a existir a fabricação de caixões de madeira em escala industrial. Estes caixões, agora também conhecidos como urnas ou ataúdes, trazem uma nova aparência. Agora envernizadas, trazendo ornamentações ainda tímidas, com modelos com bíblia ou cruz entre outras opções, a sensação de desconforto que as pessoas vivenciavam era mais amena.

Atualmente, existem urnas com vários aparatos extremamente modernos. Podemos usar como exemplo as urnas totalmente de vidro, as urnas com babados de rendas finas, acolchoadas com cetim, urnas com temas variados (times de futebol, religião...), entre outros modelos.

Recentemente, apareceram os Planos de Assistência Funeral, que com muitos esforços dos empresários deste setor passa a ser implantado no Brasil. No citado plano, diante da fidelidade do cliente pelo tempo contratado, o associado, alem de pagar um valor bem menor do que o de costume tem descontos em vários setores comerciais e prestação de serviços. Desta forma, o Plano de Assistência Funeral consegue alcançar a camada social mais desprovida de recursos financeiros, além de proporcionar-lhe um sepultamento mais digno.

Entende-se que, estes serviços prestados por empresários do setor funerário vêm sendo conquistado com muito trabalho e deve perdurar por muito tempo, visto que, trazem benefícios a população de todas as camadas sociais, tanto da zona urbana como também da zona rural.

Joelson da Costa Barbosa
joelsomrep@hotmail.com
Consultor
Campina Grande-PB
Consultor de Vendas – Grupo Bruschetta
Tanatus Comercial Ltda.
Pick-up & Cia
Fundador – Colunista – Folha Fúnebre

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